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Projetos de pesquisa do grupo

1 - A Cognição em Mentes Sociais: aspectos biológicos, semânticos e culturais

     Descrição: Desde o pano de fundo de uma filosofia naturalista, torna-se importante participar da atividade de investigar as capacidades cognitivas humanas de forma vinculada às ciências cognitivas e às neurociências.  Sendo a significação e os conteúdos cognitivos parte da comunicação intersubjetiva, não devemos só focar, no estudo do conhecimento, em fenômenos mentais, como feito pelo empirismo clássico. A descrição de comportamentos biológicos e sociais, que incluem os linguísticos, deve contribuir. Apesar do conhecimento ter tanto uma dimensão objetiva, dependente da natureza da realidade estudada, quanto uma subjetiva, dependente de mentes corporificadas, que representam ao mundo e organizam percepções, deve-se reconhecer que uma terceira dimensão está sujeita às circunstâncias culturais históricas variáveis. Na investigação da cognição, não negamos, por um lado, que a análise de fenômenos mentais e neurológicos possa contribuir para a explicação da origem do conhecimento, do qual participam a percepção e a representação, porém tampouco ignoramos a dimensão social, a influência das relações coletivas nos conteúdos perceptivos e conceituais. Isso torna essencial manter uma perspectiva pragmática da linguagem humana que transmite informações, assim como uma visão crítica das possíveis reificações, metafísicas ou científicas, que são feitas do suposto núcleo da semântica, o sentido, que seria também o conteúdo do conhecimento. O limite da investigação será estabelecido pela aceitação da crítica filosófica à possibilidade de entificar o sentido, por ser este um fenômeno que ocorre na interação e nela pode surgir e desaparecer. Frases, portanto, expressam sentido em contextos de interação social. Explicar a interação social em todas as suas dimensões não registra o sentido como objeto, mas explica como ocorre.
 
2 - ​Mentes Sociais: ação, percepção e cognição sob a ótica naturalista
     Descrição: The problem of the mind-brain relationship has been a central philosophical issue in recent decades, related to the broader problems about the relationship between mind and body as a whole, and also to questions about the dependence moral action has of biological determinations. Simultaneously, there have been various rich and complex scientific attempts to draw up maps of the brain that may help a better understanding of perception, cognition, emotions, the underling biological causes of action and the very language of humans. These are questions that the philosophical tradition has always addressed. The role of philosophy, in this context, is an important one. It should help to reconcile the advances of science with the traditional philosophical theories, trying to understand the relationship between mind, brain and social human behavior. This project aims to investigate some of the main ongoing philosophical theories about a. perception, cognition trough perception, language acquisition (and how it is related to perception) b. and moral actions and judgments, in dialogue with the cognitive sciences. The project will be based on philosophical perspectives, but linking these to data of the empirical sciences. The naturalization of epistemology, which has inspired recent research in the theory of knowledge and philosophy of science, should assist in the investigation. Not to the point of substituting a conceptual philosophical reflection, but allowing weaving limits of what can or cannot be said about philosophical problems in theory of mind related to knowledge acquisition (propositional or not) and to moral human behavior..
3 - Semântica Naturalizada e a Evolução de Conceitos Científicos
     Descrição: Partindo da interpretação de clássicos do pensamento contemporâneo acerca da ciência, assim como da filosofia da linguagem naturalizada, busco estudar o papel da experiência entendida em um sentido geral, de forma a incluir aspectos sociais, culturais e históricos na constituição de objetos nas ciências. Exemplos recentes da pesquisa científica apresentam ilustrações ricas e desafiadoras para a investigação. A compreensão de que a relação entre os cientistas e seus objetos passa não só pela percepção do mundo, mas também pelos limites que a representação simbólica deste, culturalmente dependente, estipula, permite iniciar a pesquisa sem pressupor uma relação direta entre sujeito cognoscente e mundo. A linguagem enquanto mediação, por um lado, torna mais complexa a tentativa de esclarecimento de como objetos são constituídos, porém, por outro lado, apresenta a possibilidade de acesso a esses objetos por meio daquilo que os determina enquanto tais, que lhes dá forma: o discurso científico, contextualmente compreendido. A naturalização da epistemologia, que vem inspirando pesquisas recentes em teoria do conhecimento e filosofia da ciência, deve auxiliar na reflexão. Não ao ponto de substituir uma reflexão filosófica de ordem conceitual e abstrata, mas permitindo tecer limites do que pode ou não pode ser afirmado a respeito dos compromissos ontológicos das ciências naturais. São as seguintes as linhas mestras da investigação: a) um estudo da linguagem desde um ponto de vista naturalista; b) a descrição da relação complexa que se estabelece entre conceitos científicos e experiência humana, culturalmente determinada; c) e a reflexão sobre a dificuldade em definir com exatidão o grau de realismo que podemos aceitar como decorrendo de exemplos de conhecimento empírico. O objetivo fundamental da pesquisa é investigar, tendo como referência textos clássicos da filosofia contemporânea e artigos recentes, essas três questões, desde um ponto de vista semântico..
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